Alunos de institutos mostram em evento seus projetos inovadores

17 de outubro de 2014 - 12:13

A experiência de baixo rendimento escolar na infância, atribuído ao Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), diagnosticado aos oito anos, levou a estudante Laleska Aparecida, do Instituto Federal do Amazonas (Ifam), a desenvolver um aplicativo para estimular crianças das séries iniciais com dificuldades cognitivas.

O aplicativo, ainda sem nome registrado, projetado para dispositivos móveis (celulares e tablets), apresenta incentivos auditivos e visuais, com um abecedário ilustrativo. A intenção é que possa futuramente servir como ferramenta pedagógica ao alcance de todos os professores e redes de ensino, de forma gratuita. Laleska é aluna do curso de engenharia de controle e automação do instituto, e o projeto é coordenado pelo professor Diego Sales, da área de eletrônica.

O trabalho de Laleska está em exposição no estande do Ministério da Educação, instalado no parque Sarah Kubitschek, em Brasília, como parte da programação da 11? Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que prossegue até o próximo domingo, 19.

“Meus pais desconfiaram que havia algo errado, pois somente na segunda série do ensino fundamental comecei a ler as primeiras palavras”, conta Laleska, sobre sua experiência na infância. “Penso que assim como eu e minha família, milhões sofrem com a falta de orientação médica, muitos, inclusive, sem um diagnóstico clínico”, disse Laleska.

A jovem destaca ainda que não são apenas os diagnosticados com TDAH e os familiares que sofrem com a falta de informação. “Vejo que na própria rede de ensino os professores e orientadores educacionais não são qualificados para trabalhar com um aluno que tenha dislexia. Muitas vezes esses alunos são deixados de lado, taxados como preguiçosos. Isso só prejudica e gera preconceito. Quero apenas que esse projeto possa ajudar muitas crianças”, destaca a jovem.

Nutricionistas – O Instituto Federal Sul de Minas trouxe para Brasília o projeto Tecnologias Aplicadas para Avaliação de Composição Corporal do Indivíduo, também em exposição no estande do MEC. O objetivo é o uso da tecnologia a serviço dos profissionais da área de educação física, para prescrição correta da atividade física, e dos nutricionistas, para indicar a dieta mais adequada.

O produto faz a análise da composição corporal do indivíduo, por meio de multifrequência da corrente elétrica, que permite o cálculo da quantidade de água intra e extracelular, proteínas, minerais, massa de gordura corporal, gordura visceral, massa de músculo esquelético, além de estimar o peso ideal.

A 11ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia tem como proposta popularizar e incentivar a produção científica e a inovação, com ênfase no desenvolvimento de soluções para o campo social. Nesta edição, estão em exposição no estande do MEC 36 projetos de pesquisa aplicada desenvolvidos por 20 unidades de institutos federais de educação, ciência e tecnologia, em um estande de aproximadamente mil metros quadrados. A programação, aberta a visitação, estende-se até o próximo domingo, 19.

 

Fonte: Portal do MEC