Ensino na pandemia

6 de maio de 2020 - 17:13 #

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Por professora Ada Pimentel, presidente do CEE

A educação é uma área muito sensível e sofre grande impacto em tempos de
pandemia – COVID-19.

Com a prática do isolamento social para mitigar os riscos decorrentes da doença
causada pelo novo Coronavírus, houve a suspensão do Calendário escolar nas escolas públicas e privadas. Para evitar o hiato no Ano Letivo de 2020 e apoiar os alunos em suas casas, os Conselhos Estaduais de Educação regulamentaram em regime especial as atividades escolares não presenciais.

Então, os professores foram convocados pelas direções das escolas, que aderiram a essa prática, a usarem de todos os recursos tecnológicos disponíveis para produzirem as aulas que subsidiariam os alunos nos processos de aprendizagem. O esforço tem sido hercúleo por parte dos professores e das famílias que se reinventam para efetivarem as aulas remotas.

É importante dizer que, no Brasil, 58% dos domicílios não têm computador e 33% dos alunos não têm acesso à internet. Isso faz bastante diferença.

Com essa realidade, como assegurar a todos os alunos, condições de igualdade na aquisição da aprendizagem no uso das aulas remotas?

O Brasil é um país com profundas desigualdades sociais, o que agrava o fosso entre escolas públicas e privadas, com essa estratégia de emergência.

O que fazer para minorar essa questão após a crise com a volta às aulas? Não temos resposta pronta para todas as situações. Existem muitos caminhos e pistas a serem traçados para a garantia da qualidade do ensino/aprendizagem para todos.

No entanto, acreditamos que a escola terá novo papel, a formação dos professores
será ressignificada, o uso da tecnologia como complemento do ensino e a recuperação dos que ficaram para trás na aprendizagem deverá ser efetivada com muito compromisso e responsabilidade. É importante enfatizar o uso do espaço escolar para o acolhimento aos vulneráveis que se submeteram a violências.

O respeito à convivência com pessoas que tenham pluralidade de pensamento não é só importante,mas fundamental. Novas formas de diálogo com as famílias serão estabelecidas. A superação da crise e a retomada das aulas só serão possíveis investindo nas pessoas e sendo reinventadas.

Temos um país a ser reconstruído e a Educação é o pilar central para sua reconstrução. Nessa retomada, o Conselho Estadual de Educação do Ceará, órgão normativo, é protagonista e, sobretudo, o guardião dos direitos de aprendizagem garantidos a todos os cidadãos. Estará atento, mas a tarefa é mutirão de todos.