Ministério divulga dados da educação profissional

29 de março de 2019 - 10:23

O Ministério da Educação divulgou nesta quinta-feira, 28, a atualização da Plataforma Nilo Peçanha, ambiente virtual de coleta, validação e disseminação dos dados oficiais da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Os dados, referentes a 2018, mostram que foram feitas 964.593 matrículas em 11.159 cursos distribuídos em 647 instituições de todo o país.

Para o ministro da Educação, professor Ricardo Vélez Rodríguez, a formação de bons profissionais para atuarem em diversos segmentos do mercado é fundamental para a mão de obra técnica e qualificada no país.

“O fomento à educação profissional vem ao encontro das necessidades da retomada do crescimento econômico. Não há crescimento da produção de bens e prestação de serviços sem que haja os profissionais adequados sendo permanentemente inseridos nessa dinâmica. Empreendedorismo e inovação também são molas propulsoras de desenvolvimento econômico e social. Ambos temas abordados nas instituições de educação profissional”, destaca o ministro.

Lançada em 2018, a Plataforma é atualizada anualmente com dados oriundos de 647 unidades de ensino em todos os estados do Brasil, distribuídos em 38 institutos federais, 23 escolas técnicas vinculadas a universidades federais, dois centros federais de educação tecnológica (Cefets) e o Colégio Pedro II.

Para o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Alexandro Ferreira de Souza, são muitos os desafios para a educação brasileira, mas os caminhos para superá-los passam pela Rede Federal de ensino.

“Eu tenho visto a educação profissional e tecnológica como uma possibilidade de trazermos novamente a sala de aula para a realidade. De certa forma, o que a gente sempre teve em relação à educação no Brasil foi uma predominância de um aspecto abundantemente teórico e pouco aplicado do conhecimento. Então, quando a gente pensa na educação profissional e tecnológica, quando a gente pensa na educação feita pela rede federal, a gente percebe justamente essa questão fundamental no conhecimento que é a sua aplicação.”

Comparativo – No seu lançamento, em 2018, foram apresentados os dados de 2017. Este mês foi disponibilizada a primeira atualização, com os dados referentes ao ano de 2018, o que já permite fazer comparativos sobre a evolução da rede.

A Relação Matrículas por Professor (RAP), um dos principais índices de avaliação da eficiência da oferta, alcançou 23,70 no levantamento referente a 2018. O número ultrapassou o que determina o Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece o mínimo de 20.

Com diversos motivos associados, a evasão escolar é um desafio para a maioria das instituições de ensino. Os dados divulgados mostram avanços: de 2017 para 2018, a taxa de evasão anual diminuiu 4,7 pontos percentuais na Rede Federal, passando de 23,3% para 18,6%.

Avanços – Essa melhora também está representada no Índice de Eficiência Acadêmica (IEA), que passou de 46,9% para 48,2%. Esse índice avalia o percentual de alunos que concluiu o curso dentro do período previsto e é composto por três outros indicadores: percentual de conclusão, evasão e retenção (indica os alunos que, passado o período previsto para conclusão, ainda seguem no curso).

Pela legislação, os institutos federais devem ofertar, pelo menos, 50% das suas matrículas para cursos técnicos e 20% para formação de professores. Em 2018, esses percentuais foram de 62,2% e 11,8%, respectivamente.

A Plataforma também permite visualizar um panorama dos usuários atendido pela rede federal. Do público que declarou sua renda, 57,7% tem renda familiar per capita de até um salário mínimo, e mais da metade desse percentual não passa de meio salário mínimo. Do total de estudantes, 454.410 são mulheres e 510.174, homens.

 

Fonte: Portal do MEC